segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ensaio

Minha vontade de ver era tanta, que fiquei com medo de me cegar para o que realmente pensaria sobre o filme. Com algum tempo de atraso para entrar em cartaz em Ribeirão, já tinha lido muito a respeito, de bom, de ruim, de normal.
Sobre "Ensaio sobre a cegueira", ficou a sensação de que maior que o filme do Fernando Meirelles, é a mensagem do Saramago sobre o que seriam das pessoas se enxergando plenamente, mesmo sem se verem.
Sei lá, sigo ensaiando sobre sentir as pessoas e os seus significados em minha vida.

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Terminou o filme e fui tomar um choppinho com o Fe, que com muito mais praticidade sobre o que pensa do mundo e das pessoas, não entrou na minha onda de filosofar.
- Silvia, não tinha outro filme para esse domingo?

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Que bom que enxergamos coisas tão diferentes nas mensagens, sem deixar de ver o que temos de melhor para contribuir um com o outro. Falo isso porque ontem, ao tomar nosso chopp, ouvi palavras muito tocantes do meu amor que não dá a mínima para o Meirelles nem para o Saramago. Palavras de quem está me observando e vendo o que me toca, sempre.

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