sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não é apenas negócio

Uma delicadeza na minha mesa me fez feliz e forte para 2012.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aqui vai o meu texto para não esquecer das cenas que me encheram de emoção no festival de ballet da Maria. Quase não tirei fotos, a não ser na saída do último dia, quando Dorothy já estava cansada do mundo de Oz e queria mesmo era ir embora. Imaginei alguns cliques, ela de fantasia na entrada do teatro, ela fazendo caras e bocas, ela se despedindo de mim. Mas nada disso foi registrado. Chegamos atrasadas, em cima da hora para a pequena ir para o camarim. Ela não fez caras e bocas e nem se despediu de mim em grande estilo. Simplesmente pegou seu figurino e entrou, como se isso de entrar para dentro de um teatro fosse coisa simples e comum em seus dias.
Já nos ensaios de sábado, ela saía esbanjando sua cultura de bailarina. "Giselle é lindo, mamãe! É a história de uma camponesa que se apaixona por um príncipe". Gosto disso: constatar que ballet para ela é mais que uma atividade física. Nada de espírito blasé cult esnobe, mas é bom ver que os caminhos que tento abrir para que meus filhotes enxerguem como o mundo é melhor se for amplo, viram trilhas suaves e divertidas para eles.
Enfim, voltando ao dia do espetáculo, lá fui eu para a plateia. Assisti Giselle com "as bailarinas grandes" e nem achei tão lindo assim. Queria mesmo era pagar de mãe coruja e ver a Megolina de Dorothy.
E lá veio ela, no comecinho do segundo ato, momento em que Giselle saiu de cena e abriu espaço para os clássicos do cinema. Cheia de si, risinho no olhar, pé na pontinha e mão na cinturinha. Se faltou-lhe a delicadeza comum às bailarinas ao ordenar que a amiga fosse um pouco mais para a frente, sobrou-lhe atitude ao dançar solta e leve, feliz por estar no palco.
E assim foi no segundo dia de apresentação também. Ela lá, leve e solta, dançando a felicidade de seus quatro anos em movimentos desordenados, mas cheios de graça.
Leva jeito essa minha menina que quer ser bailarina.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Elas se descabelaram. Brigaram feio por causa do corte da unha, do esmalte e do sapato.
A de quatro anos queria unhas compridas, esmalte néon e sapatos de brilho. Endureceu na opinião e se esguelou de tanto chorar.
A de quase quarenta quis desistir e abrir mão da autoridade. Mas juntou forças, impôs castigo, ficou de coração partido. Depois foi fazer massagem.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Roteiros

- Mamãe, tô com saudade da Disney, disse a Maria.
- Mãe, será que dá eu pra conhecer a Itália um dia? Posso fazer italiano no ano que vem? pergunta o Felipe
- Então, Ilhabela é uma ilha mesmo? Assim, no meio do mar? Como que a vovó Ita já morou lá e trabalhou numa escola lá, existem escolas numa Ilha, mamãe? se encanta a Maria
Também andamos falando sobre Santa Clara, Guarujá, São Paulo, Goiás, fazenda e neve.
Somos nós sonhando. São as férias chegando.
Hoje eu diria, com o maior orgulho, que sei o que quero ser quando eu crescer.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Where dreams come true

Tivemos a Disney em nossas vidas com seus parques, parques e parques. Foi a primeira viagem internacional das crianças, e eles se divertiram muito com o que era novo e diferente. No mundo onde dreams come true eu vi a Maria acreditar que princesas e reinos existem, e que se pode beijar, abraçar e conversar com nobreza de coração. Percebi o Felipe tão feliz, oscilando entre ser um garotinho com bloquinho de autógrafos na mão, curtindo os bonecos de seus personagens favoritos e um adolescente desbravador de medos, montanhas russas e simuladores.

Senti meu amor crescendo pela família que criei com o Fernando. Me apaixonei ainda mais por meu marido em uma viagem sem roteiro romântico. Me emocionei e agradeci por estar ali, naquele programa família perfeita e por isso não ser só um programa, e sim um projeto que é legal e bom para a nossa vida todos os dias.

Então, lá, aconteceu algo inverso: a realidade virou sonho. Pelo cenário, pelo clima, pelos dias de sol e ventinho fresco no rosto. Pelo carro bacana que alugamos. Pelos novos sabores que provamos. Por uma família que faz tudo junto todos os dias. Por brincar com o Felipe na Space Montain e matar a saudade que eu tinha dessa aventura no escuro. Por conhecer o mundo do Harry Potter pelos olhos de meu filho, o do Gatola na Cartola pelo sorriso da minha filha. Por abraçar o Mickey e cia e conversar com o Popeye. Por ver baleias enormes e me emocionar, por ver o Felipe se virando em inglês, a Maria, ao seu modo, entendendo outra língua e outra cultura e por uma série se outras alegrias que vivemos porque estávamos lá.

Aqui, seguimos em frente sem o cenário, na labuta do plantio, da campanha na rua, das lições de casa, das provas, do ensaio do ballet, do supermercado e das lojas com preços muito altos.

Não importa. Nossa felicidade não depende da Disney, mas ganhou mais vida depois da viagem. Voltamos cheios de imaginação!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Oui

Estou me ganhando sem susto nem grito.
Certezas, também não as tenho.
Vou é viver das belezas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

De Buenos Aires, mandei um e-mail para as crianças, contando sobre o frio, as praças, a preparação para a corrida... estava com saudade dos meus amores, mas muito feliz por estar entre amigos em momentos de muitas gargalhadas.
Ganhei da Maria uma resposta de presente, carinhosamente escrita pela tia Sissi: "Mamãe, eu te amo. Pronto, acabou".
Que bom, filha, que você sabe passar momentos de muitas gargalhadas também assim, longe de mim.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As palavras da Maria

- Mama, eu não gosto de nenhuma palavra brava!
- Mas o que são as palavras bravas, Meg?
- As palavras de adulto dar bronca, mama!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Too much.

Então... comprei uma batinha Ronaldo Fraga para a Maria. Adoro as roupinhas dele, geralmente são linduchas e super confortáveis. Mas confesso que nunca tinha parado para ler as etiquetas.
Ontem fui tirar os tags para que a tal da bata pudesse ser lavada e passada. Resolvi ler as instruções:
"Lavar com sabão neutro. Secar à sombra das laranjeiras"
Na boa, não há licença poética que pudesse me fazer parar de achar ridícula aquela etiqueta colorida e linda! Não há mesmo photoshop que salve palavras pretenciosas demais.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Agora é assim: ela vem dizendo que vai me dar algo que vou gostar muito. Depois, me abraça e beija com toda delicadeza. E eu não poderia ganhar presente maior no mundo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os 9 anos do Felipe

Futebol, camisetas de time.
Chuteiras, F50, Mercurial.

Brasileirão, Paulistinha, Campeonato espanhol. Chupa, fulano!

Ganso, Neymar, Messi, Jorge Henrique. Ronaldo, o gordo. Globo Esporte.

Timão, Timão, Timão, ô, meu São Jorge!

Cuecas na gaveta, meias encardidas.

Bayblade, Club Penguim, Zootycon, MSN.

Zack Power, 24 horas para fazer qualquer coisa e esperar meu beijo de boa noite.

Animal Planet.

Meninas sem roupa no Google: cabelos brancos.

Português, matemática, história, geografia, inglês, karatê e copinha da Olé.

Tênis desamarrados, dentes sem escovar, cabelo arrepiado, moleques em casa.

E eu, irmã de menina, criada por mãe e por vó, sou agora um pouco menino. Lembro da minha mãe cantando O meu guri do Chico Buarque! Ele veio sem fantasia, o meu menino existe em mim.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu queria companhia. Que não fosse espelho.
Só que refletisse comigo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Eu e a Maria
- Mamãe, a Rosa disse que vai passar Branca de Neve na TV!
- Legal, Meg!
- Mas... e se passar a bruxa?
- Aí você fica firme, porque você é muito forte, come tudo no almoço, toma suco de caju...
- Mamãe, eu mudo de canal!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Carnaval, cenas.

Eu vi a Maria conversar e brincar com os primos como se não existisse diferenças de idade; percebi ela crescendo e ganhando espaço, e quando estava bem lá, no meio dos grandes, voltava para seu mundinho de faz de conta, se transformando em bebê, em bruxa, em princesa, em bichinhos de toda espécie, pedindo uma varinha mágica para que pudesse mudar tantas coisas de lugar e de função. Eu vi a minha menininha durante dez dias inteiros bem do meu lado, e quantas histórias ganhei com isso :)
Também vi o Felipe se ligar em óculos escuros, tênis descolados... mergulhar no mar como quem cai em oceano aberto. Vi que para ele, a maior graça da Orla Bardot foi colocar as mãos nos peitos da Brigite e não saber exatamente porque estava fazendo aquilo!
Eu vi um mar de muitos azuis. E neles estavam os olhos meus, da minha mãe e da minha irmã.
Eu vi a Tata, de 56 anos, andar de avião pela primeira vez e cuidar bem das crianças e dos adultos pela milionésima vez. Vi minha sobrinha, tão linda, se descolando e ganhando o mundo, enquanto meu sobrinho anda pelo mundo como se tivesse seu controle nas mãos.
Vi a casa dos meus tios nos acolhendo, vi uma grande família.

Nesses dias, eu não vi o Fernando. E por mais que estejamos tão acostumados a ficar longe por tempos assim, achei uma pequena injustiça do destino não ter amor para passear no fim da tarde em Búzios.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Para quem viu aquela mãe com cara de profissional bem sucedida e bem resolvida sair da escola deixando para trás a sua filhinha chorando no colo da professora, um aviso: ai... que coração despedaçado.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Me acompanha uma delicadeza há quatro anos. Tenho um sorriso no rosto que se abre de repente, seguido à sensação gostosa de ouvir sua vozinha linda sem você estar por perto. Penso em você, meu amor. Penso, penso muito, o dia todo. Fico procurando onde estou em você, tão moreninha, de grandes olhos castanhos e vivos. Seu pai, cheio de graça, diz que estou nas suas birras. Eu acho que estou nesses seus sonhos de vida feliz, repletos de um amor capaz de transformar as pessoas comuns em verdadeiros nobres cheios de virtude.
Assim, minha princesa, você encanta sem fazer de ninguém um súdito bobalhão. Há espaço para todos em suas histórias. E o meu amor tão infinito vai proteger o seu reino alegre, porque tudo o que quero é que você seja feliz para sempre.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tomar uma decisão que pode magoar alguém que você gosta não é fácil. Mas o gostar faz com que as palavras se ajeitem e acalentem a conversa. Então seguimos em frente, melhores que antes.