segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A mudança de casa que já aconteceu dentro de mim está tomando forma. Ela tem cores, tem flores, tem espaço. Estamos, nós quatro, aconchegados, e isso é uma delícia.
Queria começar por edredons novos, penso sempre neles, macios, coloridos, nos envolvendo num sono bom. Depois, vem a grande sala. Penso naqueles que amamos por lá, ouço o som de visitas que só fazem o bem. Vou ter uma estante de livros, e isto é como ler o quanto estou parecendo com minha mãe. Imagino saber cozinhar um pouco mais do que sei, me animo para usar mais a lava-louças. Lembro de minha avó e de suas lições para que a casa fique em ordem... com o coração cheio de saudade, me proponho a cumpri-las!
Já disse que o movimento por perto me parece mais libertador que um grande jardim gramado. Estou indo com a certeza de que encontrarei esse mundão de novas possibilidades bem ali ao meu alcance. Fico ansiosa como criança. O dia está perto, mas não chega, oras! Tudo bem. Estou feliz.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Choro corporativo. Comigo acontece quando o trabalho ganha overdoses de sentimentos confusos. A gente fica lá, envolvido, sofrendo, torcendo, se alegrando e se angustiando, sentindo frios na espinha por algo que não é a final do campeonato sub-nove de futebol ou sei lá, a recuperação de um parente doente. É trabalho.
Conheço pessoas que nunca choraram assim, do modo corporativo. Tenho certa inveja disso. Trabalham e pronto. Depois curtem a vida com a grana que ganham. Ando sonhando com isso. Em não cair no choro quando trabalho demais. Em não trabalhar demais. Em me livrar dos esteriótipos - como fui cair nessa?
A questão é que hoje saí da agência como quem sai do cinema depois de Benjamin Buton. O tempo está passando, passando, eu olho pra trás e vejo que nada volta. E olho pra frente e vejo que o que pode ser. E trabalho, trabalho para isso acontecer.

Centenário

No trânsito, correndo para chegar a tempo do Felipe participar do passeio da escola de inglês:
- Olha, filho, se não der tempo, fazer o que, né?
- Mãe, você nem chegou lá e já tá achando que não vai dar. Eu não desisti, eu nunca desisto. Eu sou corinthiano!!

***

Chegamos, ele encontrou com a turma, subiu tranquilamente no trem. Have fun, Felipão da fiel!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

- Hoje eu desenhei um menino "africando"!
- Mamãe, o Pedrinho roda a peneira e coloca o saci na garrafa. O saci é do "fanclore" né, mãe! Ele não vai na nossa casa de verdade!
- Eu gosto tanto de bolo de fubá!
- Eu não uso mais fralda pra dormir, mamãe. Você não vai me dar parabéns?

Menina linda,
Sua vozinha tão delicada dizendo frases assim me ficam ecoando o dia todo, me inspirando, me alegrando, me dando saudade, me deixando cheia de vontade de passar na escola pra te pegar e ouvir mais e mais de você, meu amor!