segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sempre fui sortuda com babá. Até hoje, tive duas.
Uma que entrou em casa no dia que o Felipe nasceu, cuidou dele (e ainda cuida). Depois, cuidou da Maria até os 7 meses e só não é mais a babá das crianças porque juntou seus trapinhos com o noivo. Paula e Paulo agora moram juntos, pertinho da minha casa. E ela de babá, virou a empregada-governanta, que organiza tudo em casa e manda no pedaço!
A outra, a Lê, começou em casa há um ano. Escreve você com c cedilha, fala ponhá, não é muito organizada com as roupinhas deles, mas é um amor com a Meg e joga futebol com o Felipe. Conquistou as crianças no primeiro dia. E a mim também.

Mas, ser babá é um trabalho. E trabalhos não duram a vida inteira. Terminam de uma hora para outra.
Foi isso que senti na pele, pela primeira vez na vida, já com um filho de 6 anos, quando no meio de uma viagem para a praia, a babá fica horas no orelhão, conversando com o carinha que ela gosta mas não é seu namorado, e resolve abandonar tudo para viver sei lá do que. Me restou colocá-la no ônibus, cancelar a cerveja e tratar de lavar as mamadeiras.
Foi-se a Lê. E eu fiquei com muita raiva. Mas também com muita dor no coração. Me sentindo abandonada. Estou há duas semanas de atravessar o oceano e deixar as crianças aqui. E agora?

Bom, o negócio é dar um passinho à frente. Achar uma outra boa alma que cuide de meus pequenos enquanto eu não posso estar com eles. Acreditar que eu sofro com a separação mais que as crianças. E saber que daqui a pouco as coisas se ajeitam. As crianças crescem e a vida muda. Para melhor, tenho certeza.

Queridas mami, Si, tia Dagna,
nem preciso falar que a ajuda e o amor de vocês estão me dando a tranquilidade que eu preciso. Obrigada, de coração.
Ah, Fe, obrigada por aguentar meu surto pós-trauma na boa. E se mostrar um pai tão lindo.

PS: Se alguém souber de alguma boa babá dando sopa por aí, me avise!

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